"Recuperação de desastre" e "Plano de continuidade de negócio" são a mesma coisa?

Os termos Recuperação de Desastre e Plano de Continuidade de Negócio são normalmente tratados como a mesma coisa. No entanto, eles são termos que designam coisas bem diferentes: o plano de continuidade de negócio se refere à continuação geral do negócio através de planos de contingência e alternativas. Já a Recuperação de Desastre é o conjunto de processos e procedimentos que serão usados para alcançar os objetivos do Plano de Continuidade de Negócio. 

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Determinando Objetivos 

Objetivos permitem que você se certifique que, quando está se criando uma estratégia para recuperação de desastre, essa vá de encontro às necessidades do negócio e que o mesmo possa ser medido de forma que se possa tomar decisões sobre o orçamento em relação ao tempo que de recuperação. 

Recovery Point Objective (RPO) 

Esse é o ponto no tempo para o qual se deseja voltar quando o sistema retornar. Recuperado de um desastre, o sistema volta a funcionar desde que ponto? Segundos atrás? Ou é aceitável que um website retorne sua condição de dois dias atrás? Isso vai depender do tipo de negócio do qual o sistema faz parte. 

Recovery Time Objective (RTO) 

Depois do desastre, em quanto tempo será feita a recuperação determinada no RPO? 34 Por exemplo, imagine que um website tenha ficado fora do ar e o contrato com o provedor de serviços tenha estipulado que, em até trinta minutos o website deve estar disponível de novo mesmo que um backup seja feito a cada 24 horas. Podemos considerar nesse caso que o RTO é de trinta minutos e o RPO é de 24 horas.

Estratégia de Recuperação

De acordo com as necessidades do negócio, é importante escolher uma estratégia de recuperação que pode ser: 

1. Backup: fazer um backup deve levar em conta quanto tempo se leva para fazer o backup bem como o tempo para sua restauração. Os equipamentos usados para fazer backup devem estar em um local dedicado para esse ou em um escritório secundário localizado em um local apropriado e que tenha infraestrutura de comunicação para backup remoto. 

2. Warm Standby: seria uma outra infraestrutura secundária que pode ser usada em substituição à primeira no caso de um desastre. Essa infraestrutura deve estar geograficamente em um local afastado da primeira para que não seja atingida pelos mesmos eventos naturais como terremoto ou enchente. Manter uma segunda infraestrutura tem um custo, que deve ser levado em consideração de acordo com o negócio. 

3. Alta Disponibilidade: neste caso, um sistema distribuido compartilha a carga e, mesmo que um ou mais desses dispositivos venham a apresentar falha e parem de funcionar, os demais continuam normalmente a operação. Neste caso, tanto o RPO quanto o RTO são melhores, mas uma complexa infraestrutura suportada por protocolos para alta disponibilidade e banda o suficiente para que os dados sejam transportados continuamente entre os nós são necessários. Deve ser considerado o fato também de que, quando todos os dispositivos estão funcionando, todos estão sendo sub utilizados pois a ideia é que eles consigam lidar com a carga total dos que eventualmente irão apresentar problemas e só nessa situação eles venham a operar com desempenho total.

Independentemente do sistema escolhido, testes e simulações são importantes para que se certifique que a estratégia vá funcionar corretamente quando necessária.

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